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Lazy Lover Undercover

Lazy Lover Undercover

2021

Estágio Profissional na área - Este ano, pela primeira vez desde que acabei o mestrado, em 2017, não tinha como objectivo arranjar trabalho na área. Tinha planeado arranjar um emprego qualquer, mal começasse o ano, numa loja, num restaurante, qualquer coisa que me permitisse juntar dinheiro para ir para fora, por volta de maio. Desde o voluntariado que fiz na Polónia, no final de 2020, que fiquei cheia de vontade de sair daqui e viver no estrangeiro, mas desta vez por um período mínimo de 6 meses. Andava a candidatar-me a alguns voluntariados de longa duração e a ter entrevistas online, quando vi uma vaga para a minha área, numa empresa fixe e muito perto de minha casa. Mandei currículo por descarga de consciência e, no dia seguinte, responderam-me com um convite para uma entrevista presencial. A entrevista ficou marcada para o dia 3 de junho, curiosamente, o mesmo dia em que fiz as pazes com o D. Naquele dia, parece que os astros se alinharam todos para mim. A entrevista correu super bem e, três horas depois, estava com o D, que já não via há 2 anos, a resolver a bem a nossa história. Fiquei com a vaga e, uns dias depois, comecei um estágio profissional como videógrafa. Tudo o que sempre quis. Tenho aprendido muito e há dias em que penso que podia ficar ali muito tempo, que seria feliz. Mas depois há outros, que me dão vontade de mandar tudo pelo ar e me fazem desejar que o tempo passe rápido, para o estágio acabar e eu me passar ao aço dali. Um dia de cada vez.

Aulas de Francês – Um dos objectivos que tinha definido para este ano era chegar ao nível B1 em francês. Não sei se cheguei lá, mas que aprendi muito francês, lá isso aprendi. Durante dois meses, tive aulas de francês online e compensaram muito. Aprendi imenso. Só parei com as aulas, porque comecei a trabalhar. No total, foram três cursos e quase 150h de aulas. Mais o Duolingo, que é uma maravilha de aplicação, para quem quer aprender línguas.

Galiza – Todos os anos, viajo pelo menos uma vez. Este ano, foi a primeira vez, desde há 6 anos, que não viajei de avião para nenhum lado. Fui de carro até à Galiza, com uma amiga e a namorada dela, durante três dias, e adorei. Estive em Baiona, Vigo e nas Ihas Ons e achei tudo tão bonito. Só tive pena de ter sido tão pouco tempo. Tinha ficado na boa uma semana.

D. - Claro que o D. também marcou o meu ano. Mesmo que a nossa história fique por aqui, este ano ficamos a conhecer-nos melhor e vivemos coisas fixes. Já tínhamos estado juntos antes, mas passarmos a noite juntos e acordarmos abraçados foi a primeira vez. Cozinharmos juntos, também aconteceu pela primeira vez este verão. Vermos filmes e séries juntos, também. Foi o mais próximo que tivemos de uma relação a sério.

Banda Sonora - No primeiro semestre, só ouvia uma playlist de músicas que costumava ouvir na Polónia, punha-me sempre bem disposta. Quando a tristeza batia, virava-me para London Grammar. O segundo semestre foi todo para Florence + The Machine. A Florence é a única artista no mundo em cujas letras me revejo. Tem músicas para tudo o que sinto e que quero dizer e não consigo. Termino o ano com a "What kind of man" a tocar em loop.


Viajando por Praga e Berlim

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Viajei para Praga e para Berlim durante uma semana. Em Praga fiquei 5 dias e em Berlim 3. Adorei ambas as cidades, muito diferentes entre si, mas muito bonitas. Em Praga visitei/vi o castelo, a John Lennon's Wall, a Charles Bridge, o relógio astronómico, a catedral de Praga, o teatro nacional e, ainda, andei de barco pelo rio Danúbio. 

 

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Já em Berlim, adorei tudo e só tive pena não ficar lá mais tempo. Só conseguimos aproveitar bem um dia e meio. Visitamos tudo o que foi possível: o estádio olímpico, a porta de Brandemburgo, o museu da tortura, diversas partes do muro de Berlim, o Checkpoint Charlie, a torre da televisão, a catedral de Berlim, a camara municipal de Berlim, o monumento aos judeus e diversos museus. No dia da partida, ainda alugamos umas bicicletas e andamos pela cidade. Incrível a organização das ciclovias, eu que já não andava de bicicleta, fora de brincadeira há mais de dez anos, entendi-me na perfeição com a bicicleta e a cidade. Quero muito voltar a Berlim.

 

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Apesar de ter adorado ambas as cidades, odiei as pessoas de Praga. Nunca fui tão maltratada na vida como lá. Os checos pouco se importam se te estão a tratar bem ou mal e de como te fazem sentir. São rudes, antipáticos e toda a excepção é bem vinda. É uma mentalidade e uma cultura completamente diferente da de Portugal. Pessoas rudes há em todo o lado, mas nunca me cruzei com tantas num espaço de tempo tão curto. Se ia a um restaurante comer, mandavam-nos calar por estarmos a fazer muito barulho. Num grupo de 30 pessoas o silêncio durante uma refeição é impossível. Na hora de pagar um jantar, que já não era barato, obrigavam-nos a dar 10% de gorjeta e se nos recusássemos a dar, começavam a tratar-nos mal e diziam-nos para não voltarmos lá no dia seguinte. Riam-se de nós e, mesmo sabendo que não percebíamos nada de checo, insistiam em falar em checo. Era rara a pessoa que percebia o mínimo de inglês. Uma cidade que vive tanto do turismo, dar-se ao luxo de tratar mal os turistas, faz-me um bocado confusão. É certo que não precisam de tratar bem, pois a história e os monumentos são tão bonitos e interessantes, que há quem não se importe de aturar um pouco de rudeza. Mas caramba. É claro que não são assim à toa, tudo isto tem a ver com a sua história. A República Checa só passou a ser independente da Eslováquia em 1993, até lá, estiveram sob ocupação alemã e mais tarde sob domínio soviético. Apesar de tudo, espero um dia lá voltar e desta vez já vou preparada.

Sorrir à vida

Numa das minhas aventuranças este verão, fiz um Amigo. Alguém que com meia dúzia de palavras me fez pensar diferente. Me deu vontade de ser e querer mais. Me fez adoptar outra postura perante a vida. Ele traz ao de cima o que de melhor há em mim. Dá-me esperança. E dá-me certeza de que este mundo está cheio de coisas maravilhosas que a qualquer momento podem ser descobertas. 

 

Longe de mim pensar  que uma mudança de ares, de lugar, me iria fazer tropeçar nele. E o melhor de tudo? Apesar de ser o verdadeiro arquétipo da perfeição, não o vejo de todo de uma perspectiva amorosa. É um Amigo, sim, com "A" grande. Um grande amigo. Um timido incurável, que se faz de forte, sendo o mais frágil, que simplica a vida, quando tudo parece complicar-se. E confio nele em toda a sua plenitude.

 

Apesar da diferença de idades ainda ser significativa, traz imensas vantagens. Percebe o que passo, porque também já o viveu. ´Vejo-o como um grande exemplo, no que toca à ambição, determinação e força de vontade, que o levaram a conquistar o sucesso profissional que tem hoje. Lê-me melhor do que ninguém, sem eu ter de recear a transparência. E dá-me força, tanta força, para enfrentar os obstáculos que sou obrigada a enfrentar no dia a dia. 

 

Um Amigo assim, faz-me sorrir à vida.

 

Cinema do verão

Ora verão não é verão sem uma boa dose de cinema :)

 

Ultimamente, tenho aproveitado todos os serões para pôr em dia o meu conhecimento cinematográfico. Por escolha ou sugestão de amigos tenho visto bons filmes. Como tal, deixo aqui 3 sugestões (sem spoilers, não se procupem):

 

The Hunt - A caça

 

IMDb: 8.3

 

Drama dinamarquês, lançado em 2012, que conta a história de um professor, que é acusado de pedofilia. Tem Mad Mikkelsen (actor da série Hannibal) no papel principal. Ao contrário de Doubt, The Hunt não me desiludiu nem um bocadinho. Vale muito a pena ver, cinema europeu no seu melhor.

 

 

 

 

The Departed - Entre inimigos

 

IMDb: 8.5

 

Um remake de Martin Scorsese, de 2006, de uma trilogia japonesa. O filme conta a história de um policia infiltrado num gangue da máfia e de um mafioso infiltrado na policia. Vencedor de quatro óscares (melhor filme, realizador, edição e guião adaptado), conta com a participação de Jack Nicholson, Leonardo Dicaprio e Matt Damon. Não quero estar a adiantar muito mais, mas vale mesmo a pena.

 

 

 

 

Prisoners - Raptadas

 

IMDb: 8.1

 

Este é um dos casos em que deviam ter traduzido o título do filme à letra. "Raptadas" apenas, dá cabo da essência toda do filme, devia ser "Prisioneiros". Prisoners conta a história de duas meninas que são raptadas e da luta do pai de uma delas para descobrir o seu paradeiro. Enquanto o vi , vieram-me à memória uma data de filmes Gone baby gone, Zodiac, Homem em fúria. Pode ser considerado um pouco pesado, mas é muito bom. Participam neste filme Hugh Jackman e Jake Gyllenhaal nos papéis principais.

 

Mirandela: experiências

Fui a Mirandela passar uns dias com uma amiga. Já tinha sido convidada há bastante tempo, mas só me decidi a ir no dia anterior. E ainda bem que fui. Estar 5 dias afastada de casa, numa cidade diferente, com muitas outras pessoas da minha idade e não só, mas a maior parte delas estudantes, só me faz ter ainda mais vontade de sair de casa. Eu bem queria ter ido estudar para fora, mas não tive oportunidade. Devia ter batido o pé, afinal de contas não sou nada como os meus irmãos, este ano acabo a licenciatura. Tenho vindo a considerar a hipótese de fazer mestrado fora, mas sei que a universidade que frequento tem um óptimo mestrado que gostava de seguir. Não posso decidir nada de cabeça quente, nem estar a contar viver um conto de fadas, caso vá para fora. A responsabilidade, naturalmente, iria ser maior, mas também me iria fazer crescer. Acho que estou a precisar.

 

Continuando com Mirandela, nada correu como planeado, acho que foi por isso que gostei tanto. Não fiquei onde era suposto ter ficado, não me dei com quem me esperava dar, e conheci quem nunca esperei conhecer. 

 

Estava a contar visitar a cidade mal chegasse, em vez disso assisti a uma discussão na agência onde a minha amiga e a colega tinham alugado casa (visto que elas estudam lá), que resultou na expulsão delas da dita cuja. Deram-lhes até à meia noite do mesmo dia para tirarem tudo de lá e entregarem a chave. Lá se foi a minha visita à cidade, em vez disso, estivemos quase 5 horas a empacotar tudo, desde loiça, roupa e livros, a sinais de trânsito roubados (enfim), e a limpar.

 

Entre muitos favores pedidos lá conseguiram quem lhes guardasse a tralha toda até Setembro e sitio para nós as duas ficarmos.

 

Não vi muito da cidade de dia, mas vi das festas, dos desfiles, das pessoas, do fogo de artifício. Ouvi muitas histórias, sobre muita gente e acho que também foi criada uma sobre mim.

 

 

 

 

 

(as fotografias são minhas)

Boas memórias

Ontem à noite, fomos todos para casa de um amigo nosso para supostamente vermos um filme. Conclusão, demoramos aí umas 2 horas a decidir que filme é que íamos ver. Vimos nem metade e por volta da meia noite fomos todos para a piscina lá da casa dele. A água estava espetacularmente boa. Melhor sensação de sempre!


A foto é original, fui eu que a tirei, mas claro, como era para pôr aqui escolhi a mais desfocada, até porque não posso estar a pôr aqui fotos que identifiquem claramente os meus amigos intervenientes, porque, primeiro precisava da autorização deles, segundo, porque nenhum deles sabe da existência do blog :)