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Lazy Lover Undercover

Lazy Lover Undercover

Devo transpirar solidão

O Facebook anda-me a irritar. Deve-me sentir solitária e está constantemente a mandar-me sugestões de amizades de homens da minha faixa etária. Por dia, recebo uns 5. Sempre de homens, sempre!

Isto a juntar ao facto de ter chegado agora à conclusão de que acordei tarde e perdi a minha oportunidade com um homem super querido francês, por quem deixaria tudo, se ainda quisesse ter alguma coisa comigo. Mas, lá está, acordei tarde, ele agora tem namorada, linda de morrer, e deu-me uma tampa, claro, mas muito educada.

Conheci-o no ano passado em França, quando fui lá em trabalho. Ele mostrou claramente que estava interessado, arranjava sempre pretexto para estar perto de mim e falar comigo e arranjou a desculpa mais estapafúrdia para ficar com o meu contacto. Acho que, por causa disso, este ano, quando voltei a estar com ele também em trabalho, mas desta vez na Suiça, andei a ver sinais onde não existiam e, claramente, fiz o que detesto que façam comigo, confundi simpatia com interesse. Ou então, não. Ele deu realmente esses sinais, num mix de sentimentos. Consigo pensar numa ou noutra situação.

Já de volta a Portugal, mandei-lhe msg a dizer que tinha sido bom revê-lo e que se viesse cá para dizer qualquer coisa. Ele viu, começou a responder, mas apagou e a resposta só chegou meia hora depois. Remeteu-a ao trabalho, agradeceu o "hard work" e falou do sucesso do evento. Depois disse que não sabia quando viria cá e despediu-se com um "take care", a expressão que eu tinha evitado usar com ele, por achar tão fria.

Percebo e respeito que o tenha feito e fico ainda com mais certeza de que é uma pessoa como deve ser. Ainda assim, quando lhe mandei msg, estava plenamente ciente de que namorava, mas mandei na mesma numa tentativa de ficarmos amigos e tendo consciência de que nunca mais o iria ver na vida. É tão raro conhecer pessoas fixes, hoje em dia, e mantê-las na nossa vida e o moço é super boa onda e até o patrão dele me falou super bem dele.

Não era a primeira vez, para mim pelo menos, que um interesse virava amizade apenas e ficava tudo bem, mas aqui não foi possível. Achei que seria, dada a distância a que vivemos um do outro e à falta de oportunidade de nos vermos. Achei que seria fácil sermos amigos, sobretudo nestas condições. Depois senti muitos remorsos e o arrependimento consumiu-me. Não sei se por sentir realmente que só queria um amigo, dada a solidão que sinto a maior parte do tempo, se por achar que estava a tentar convencer-me de que era só isso que eu queria, um amigo. Mas já me estava a imaginar a mostrar-lhe a ele e à namorada o Porto e a ficarmos todos amigalhaços.

Acho que, no ano passado, fiquei irritada com a aproximação repentina e por não saber quanto daquilo era genuino. Este ano percebi que era tudo. E como tudo na minha vida é feita de maus timings, este é só mais um, mas magoou. 

Isto do amor

 

Há pessoas que têm tanto azar... E não estou a falar de mim, que nem ao trabalho de conhecer pessoas me dou. Estou a falar daquelas que tiveram uma má experiência, que demorou a curar e, quando finalmente decidem voltar a tentar, corre tudo mal, outra vez (aqui insiro-me um bocado, vá). Achamos que a pessoa vale o risco, mas não vale. 

 

Tenho uma amiga que andou com um rapaz, durante um ano. Certo dia, o dito rapaz contou-lhe que namorava. Andava com duas raparigas ao mesmo tempo. Mas, no meio disto tudo, sentiu-se mal por ela e por isso é que lhe contou tudo, mas à namorada, nem uma palavra. Passaram-se dois anos, e, recentemente, esta minha amiga começou a sair com um antigo colega. Andava toda encantada, mas a levar as coisas com calma. Ontem foram sair, num grupo grande de amigos, e, a meio da noite, o gajo desapareceu com uma brasileira. Andavam há coisa de um mês, qual era a necessidade? 

 

Nunca entendi a traição. Nunca entendi, até estar numa relação sem futuro e mil coisas me terem passado pela cabeça. Mas nunca traí e acho que seria incapaz de o fazer. Mas consigo entender melhor uma traição numa relação com algum tempo, que já não está a correr bem, do que numa que está a começar. Não há desculpa para nenhuma, seja qual for o contexto, mas acho que entendo melhor.

 

O primeiro e único namoro, que tive até hoje, durou menos de 5 meses. Desde então, nunca mais me comprometi com ninguém. E eu sei que o problema é meu. Gosto demasiado de mim e de estar sozinha. Não consigo estar plena e feliz com alguém. Acho que não dependo de ninguém para me sentir realizada. Mas, a verdade é que, da última vez que estive com alguém de quem gostava, me senti feliz como nunca antes tinha sentido. Nem sozinha. E, lá no fundo, acredito mesmo que cada panela tem o seu testo. 

 

Estas coisas do amor ultrapassam-me, são demais para a minha cabeça. É um bocado como pessoas, que não conseguem estar sozinhas. Que o máximo que aguentaram solteiras foram uns três meses, que lhes pareceu uma eternidade. Não entendo como é que alguém consegue saltar de relação em relação. E não falo de relações curtas, falo das longas. Pessoas que saltam de uma longa relação para outra, sem tirarem tempo para si próprias, sem aprenderem a estar sozinhas e bem. São pessoas que amam em demasia? Que tem muito amor para dar? Não entendo.