Amores que se vão
Achei que tinha conseguido dar conta do recado, que me tinha conseguido afastar a tempo. Falhei redondamente. Acabei apaixonada.
Tivemos uma conversa que já devia ter acontecido há muito. Mas andamos uns tempos sem falar e eu, sinceramente, andava a evitá-lo ao máximo, não sei se para me convencer que não sentia nada e que ele não me fazia falta. A verdade é que ele é, sem sombra de dúvidas, a pessoa mais complicada que conheci até hoje. Nem consigo explicar o que tinhamos e deixamos de ter, o que eramos um para o outro e um com o outro. Nunca vivi semelhante.
Fomos sinceros um com outro, ele sabe o que eu sinto e eu sei o que ele não sente. Não sei como vai ser daqui para a frente. Acordamos que a amizade era para se manter. Mas, não sei bem como é que isto funciona. Nunca foi sério e ambos sabiamos. Talvez eu não quisesse saber. Estivemos juntos duas maravilhosas semanas, em Maio, que acabaram por causa de um stress estúpido. Quem sabe até onde aquilo teria chegado se tivesse corrido bem. Mas as coisas acontecem por um motivo e se não resultou é porque não era para ser.
Não sinto rancor e não me arrependo de nada. E por muito parva que tenha ficado, quando ele me explicou o lado dele, epa fez todo o sentido, dito por ele, por ser quem é: "Quero quem, quem eu nunca vi; Porque eu só quero quem, quem não conheci".