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Lazy Lover Undercover

Lazy Lover Undercover

A mais bela vitória de sempre

 

Isto é que foi sofrer até ao último minuto! Pensei que não ia viver tempo suficiente para ver Portugal ganhar o Eurovisão. Mas aconteceu! E chorei de alegria. Para o ano, estou em Lisboa, batidinha para o festival.

 

Quando era miúda, e já adepta ferrenha do festival da canção, tinha o sonho de representar Portugal, um dia. Doía-me tudo, quando via as paroladas que enviávamos. Quando foi a Vânia Fernandes, ainda tive alguma esperança, mas não tivemos hipótese e, ainda hoje se diz, por essa Europa fora, que, nesse ano, fomos muito roubados. Mas a vida continua e 9 anos depois aqui estamos nós: vencedores do Eurovisão!

 

Ainda estou parva. É incrível, como é que países, que nunca nos deram sequer um pontinho, nos deram, desta vez, 12. E é incrível, como é que a Itália, que era a grande favorita, ficou em sexto lugar. Impressionante a força do Salvador e da Luísa e de "Amar pelos dois". Não só não houve quem lhe ficasse indiferente, como ainda arrancou muitas lágrimas aos artistas dos outros países. Mas o mais incrível de tudo, é que não se deixou que o aparato todo do palco e do cenário, abafasse a razão de ser do festival: a música. Quer isto dizer, que, apesar das más linguas, já está toda a gente farta de poluição sonora. Este ano ganhou a música. Líndissima, simples e em português. 

 

Foi um festival do caraças. Adorei a canção da Bélgica, mas em versão de estúdio. Em palco, a rapariga parecia que ia ter um ataque de pânico, revi-me muito nela. E gostei muito da da Hungria. Também achei graça à da Croácia, o gajo cantava bem e fez um dueto com ele próprio. A da Bielorrússia surpreendeu-me pela alegria e da Suécia pela preparação da performance. As piorzinhas acho que foram mesmo a da Grécia, que nem percebi como é que passou à final e a de Montenegro, toda ela wtf, nomeadamente aquela dança com a trança. Mas, concluindo, foi mesmo um festival do caraças e só tenho pena que a grande maioria opte por cantar em inglês, em vez da língua materna, acho que só se perde.

 

"Amar pelos dois" é assim uma enorme lufada de ar fresco, uma composição linda, com uma voz que derrete. O Salvador disse tudo: "music is not fireworks, music is feeling!". 

 

Quando for grande quero ser a Luísa Sobral.

O que eu queria mesmo

Eu: Mãe deixas-me ir ao Alive?

Mãe: Nem penses

Eu: E ao Cool Jazz Fest?"

Mãe: Que é isso?

Eu: É um festival de jazz em Cascais...

Mãe: Tás tola! Em cascais?!

Eu: Oh o pai vem comigo. É jazz ele gosta...

Mãe: Ah então está bem, se o pai for contigo...

Eu: Boa! Oh mas aposto que não vem..

 

Eu: Oh pai não queres ir a festival de jazz em Cascais? Vai actuar o Jamie Cullum...

Pai: Quando é isso?

Eu: Fins de Julho.

Pai: Épa por acaso gostava de ir.. Iamos de comboio..

Eu: Isso é que era..

Pai: Mas não sei se estou de férias nessa altura..

Eu: Oooooh...

 

 

Era tão bom ir a um festival de jazz com o meu pai. Já fiz o filme todo na minha cabeça. Ver Jamie Cullum (que é algo que está numa espécie de lista mental de coisas que quero fazer antes de morrer)(sim tenho uma "bucket list" ahaha). Ver Luísa Sobral também, que vai abrir para o Jamie Cullum...