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Lazy Lover Undercover

Lazy Lover Undercover

Felicidades de queima

 

O melhor da queima é encontrar pessoal que já não vejo ao tempo. Álias, a queima permite-me, pelo menos uma vez por ano, reencontrar as pessoas com quem dantes passava os meus dias: os meus colegas de escola que, para todos os efeitos, partilharam 8 anos de vida comigo. E é sempre uma festa. Falam-me dos desgostos amorosos que estão a viver, perguntam se já pus gosto na página da equipa onde jogam e querem saber como vai a vida e quais são os planos para o futuro.

 

Reencontrei, ainda, um amigo, com quem há uns anos tive um filme. Quando tinhamos 12 anos, tivemos um namorico, daqueles mesmo de criança, onde se mandam muitas cartas e sms's e nunca se dá sequer um beijinho, ou um abraço. Acontece que a vontade, mas mais a curiosidade, durou até entrarmos na universidade e só foi desfeita, há precisamente 2 anos, nesta mesma semana. Atravessou a multidão, quando me viu, de sorriso rasgado. Queria saber como estava e como estavamos, se o filme tinha afectado de alguma maneira o modo como o via e como estava com ele. Nada disso. Se houve vez em que não houve drama nenhum, foi esta. Depois falamos da vida e soube bem. É tão bom estar bem com as pessoas, sem stresses desnecessários e melhor: é tão bom estarmos na mesma página.

 

Estas conversas, apesar de se terem desenrolado com álcool à mistura, fizeram-me sentir bem. Para alguém que, durante um ano, não tinha vida, suscitar interesse é bom. Fartei-me de receber elogios, fartaram-se de me perguntar o nome e eu sei que o álcool ajudou a que tudo isso tivesse lugar. Ainda assim, um elogio, quer se queira quer não, faz uma pessoa sentir-se bem. Claro que temos de ter o discernimento de os saber distinguir. A eles e às suas intenções.

 

Hoje, com toda a certeza, estou melhor que na semana passada, no mês passado e muito melhor do que há um ano atrás. Perdi os 8 quilos que ganhei, naquela fase estúpida da minha vida, deixei de roer as unhas, vício gigante que tinha, e estou mais confiante.