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Lazy Lover Undercover

Lazy Lover Undercover

A precariedade pôs fim à minha história de amor

 

Estava a viver um amor, como nunca antes vivi. Uma história digna de filme, mesmo bonita! Mas acabou e não teve o desfecho que eu queria. Conhecemo-nos em etapas da vida completamente diferentes. Sendo ele, um bocado mais velho do que eu, vive, há já algum tempo, com problemas que não encontram solução, neste país. Deixou de ser possível suportar a precariedade. Vai emigrar, por tempo indefinido. E a nossa história teve de chegar ao fim, prematuramente. Já me fez saber que não isto não dá agora, nem nunca vai dar. Foda-se! Esta merda dói. 


Foi tudo levado com a maior das calmas e não chegou sequer a ser oficial. Embora conheça praticamente os amigos chegados todos dele. Ele fez questão de mos apresentar, quando saíamos juntos e de que eu estivesse presente, quando estava com eles.

Fui de férias com os meus pais e ele andou a cravar boleia a toda a gente para lá ir falar comigo. Pôs fim ao que tinhamos, antes que as coisas evoluissem e fosse mais difícil dizer o adeus. Estava um farrapo, ele que já é bem magro, perdeu peso. Não tem conseguido dormir, nem comer, tal a ansiedade e o stress.


Sinto-me uma impotente, inútil. Dizia ele que eu o fazia sentir criança outra vez, que comigo tinha sentido um clique, que só sentiu uma vez, há já muito tempo, com a ex-namorada, com quem esteve 5 anos. Que andava feliz como há muito não estava. Que antes de me beijar, pela primeira vez, se sentia uma prostituta, que por muito que estivesse com alguém, não conseguia beijar.

Conhecemo-nos há uns meses, a propósito de um trabalho que fiz para a universidade. Colei assim que o conheci e foi mútuo. Nunca o transpareci e ele também não. Afinal de contas a diferença de idades ainda era bastante e eu estava a fazer um trabalho no qual ele estava directamente envolvido. Assim fui vivendo a minha panca, tentando sempre ser o mais imparcial possível e ele evitando-me, o próprio mo admitiu. Mas assim que entreguei o trabalho, foi difícil deixar quebrar o estilo de vida que tinha criado. Achava eu que nunca mais ia voltar a estar com ele, felizmente, apesar de tudo, com o desenvolver do dito trabalho, acabamos por ficar amigos.

Umas semanas depois, convidou-me para tomar um copo. Meu deus, qual não foi a minha felicidade! E foi nesse dia que soubemos, que era recíproco, que tinhamos andado estes meses todos embeiçados um com o outro, sem sabermos. Bem, no fundo até sabíamos, mas convenciamo-nos que não. Desde esse dia, fomos tão felizes, vivemos tanto! Estava tão, mas tão feliz! E reparava-se a léguas. Senti pela primeira vez, que alguém me fazia realmente bem, me fazia sentir realizada, que viver uma vida a dois é bem melhor que vivê-la sozinha. E fui tão feliz, quando ele me agarrou, ao som da música, e começou a dançar comigo. Arrisco-me a dizer que foi, até hoje, o momento mais feliz da minha vida. Estava a ficar acostumada a ele. Nada fazia prever que isto ia chegar ao fim desta maneira.

Não queria desistir disto, de maneira nenhuma, mas não há nada que possa fazer para ele ficar.


Ciao Italia!

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Fui a Itália e fui muito feliz em Itália. Fui feliz em Aquileia, em Veneza, em Florença, em Roma e no Vaticano e, de volta, continuo feliz.


De todas, Florença e Roma são as mais bonitas e têm tanto que ver que foi impossivel ver tudo. Comi a melhor lasanha e a pior piza de sempre lá. Foi uma semana em cheio, mesmo à filme. O correr contra o tempo para não perdemos o comboio, a confusão a entrar no metro, ficando sempre alguém para trás, qual cachorrinho abandonado. Mas foi uma semana incrível e, apesar das noites mal dormidas e do cagaço a andar de avião, já que foi a primeira vez, vivia tudo outra vez.