Agora a história é outra
No outro dia andava preocupada com a escolha das universidades, porque o curso já tinha escolhido, agora o problema é o curso.
A minha mãe lembrou-se de dizer ao meu pai que eu queria ir para Ciências da comunicação e o meio pai não achou absolutamente piada nenhuma. Veio com a história do desemprego. E pressionou-me a ir para Direito. Então, CC não tem saída profissional nenhuma, mas direito tem?! Não me lixem, o que não faltam aí são lincenciados em direito a trabalhar em caixas de supermercado. E depois diz-me que estou iludida e que tenho que acordar para a realidade. E só eu é que estou iludida? Só eu é que preciso de acordar? Se tudo correr bem, só daquí a, qualquer coisa como, 8 anos é que acabo o curso, mestrado, etc, em 8 anos a vida pode dar muitas voltas. A última coisa que eu quero é ir para um curso no qual não tenho interesse nenhum e passar o resto da minha vida a praticar um profissão que não me satisfaz, que não me realiza.
Para ajudar à festa, tive 18,5 a Direito (disciplina que tenho na escola) e o meu pai veio-me com a aquela conversa "Então com 18 a direito e não quer ir para direito" e eu respondi "Oh (mas num tom chateado)", mais valia ter ficado calada, lá voltei a ouvir sermão sobre o mesmo.
Mais valia fazer um Gap Year e durante esse ano viajar, viver novas experiências e, desse modo, descobrir-me, só assim poderia tomar alguma boa decisão.
Isto dos pais se estarem sempre a meter na vida dos filhos, não resulta, por muito que gostem de nós e se preocupem connosco. As decisões sobre a nossa vida somos nós que as tomamos, não eles. Sim, podem aconselhar, mas não obrigar e impingir determinadas decisões. (eu estou a falar neste caso em específico)