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Lazy Lover Undercover

Lazy Lover Undercover

2022: das crises existenciais à aceitação

Coisas de que me apercebi este ano: nunca mais volto a ser tão jovem como agora. A partir daqui é sempre a piorar. As brancas já começam a ser demasiadas. Com que idade é que, geralmente, as mulheres começam a pintar o cabelo para as disfarçar? Tenho de arranjar maneira de lidar bem com o envelhecimento, acho que me esqueci que o tempo passa para toda a gente e que a juventude não dura para sempre.

O ano de 2022 começou muito mal. Primeiro o ghosting do outro idiota. Depois o meu patrão, que andava insuportável e me tratava mal, pondo-me a rezar para que o estágio acabasse rápido. Entretanto, ele acalmou, o estágio acabou e eu continuei a trabalhar lá, mas agora com contrato. Também levei algumas facadas e afastei-me de alguns amigos.

Mas nem tudo foi mau. Comecei a aprender alemão, objectivo que tinha traçado para este ano, fui ao Alive ver Florence and The Machine, passei o meu aniversário em Lisboa com uma grande amiga. Dei um saltinho à Madeira, em trabalho, uma viagem de 24h, e fiquei com muita vontade de voltar. Fui passear a Zamora e a Salamanca no Verão e compensou muito. Deixei de esperar por companhia para poder fazer coisas que queria fazer, como ir a concertos, por exemplo. É tão bom não estar dependente de ninguém. Ainda não foi desta que dei uso à carta de condução, nem que fui para fora, embora a vontade continue a ser muita. Também pus, finalmente, aparelho nos dentes, há anos que o queria fazer. Daqui a 11 meses tiro e tenho a certeza de que me vai ajudar a ganhar um bocadinho mais de confiança e a sorrir à vontade, sem ter sempre o reflexo de tapar a boca.

2022 foi também um ano de muitas crises existenciais, mas daquelas lixadas de me porem a questionar tudo e me fazerem chegar à conclusão de que não há sentido em nada e que não estou aqui a fazer nada. Tem me acontecido muito a cena de sentir que não vivo, que as coisas que me acontecem, não me estão a acontecer, que sou incapaz de absorver as experiências que vivo, no momento. Que não retenho nada do que experiencio e que não sou capaz de desfrutar de nada. Também ainda não foi desta que fui a um psicólogo. Se calhar, uma boa resolução para o novo ano seria começar a perceber que não posso depender de mim para tudo, aceitar ajuda às vezes é necessário e está tudo bem, não sou menos por isso.

Para quem me leu este ano, muito obrigada. Não imaginam o quão terapêutico é vir aqui escrever. Poderia continuar a fazê-lo num simples documento word, mas não é de todo a mesma coisa. Saber que há alguém que, em dado momento, me lê e que, por vezes, até comenta com palavras encorajadoras e conselhos, aquece-me a alma e ajuda-me a seguir caminho.

Um bom ano para todos.

"Fingimos que não aconteceu?"

O L. é dos amigos mais antigos que tenho, dos tempos de escola, um gajo altamente, que sempre curti. Fui crush dele, sem saber, durante o secundário e, só na universidade, quando o comboio já tinha partido, é que percebi. 

Nos últimos anos, falávamos 2 a 3 vezes por ano, só para checar o que um e outro andavam a fazer. Eu fui tendo as minhas cenas e ele as dele. Este check up anual foi se mantendo e era fixe, eu gostava desta dinâmica.

No final do ano passado, quando fui para a Polónia fazer voluntariado, começamos a falar mais, o check up passou a ser quinzenal. Uma mensagem dele já me fazia o dia e, claro, começaram os filmes na minha cabeça.

Quando estava na Polónia, disse-lhe que lhe ia trazer uma soplica (vodka polaca) e ficamos de combinar um dia, para a bebermos juntos, quando voltasse. Depois de maus timings e do segundo confinamento, este fim-de-semana, fui até à nova casa dele. Juro, pela minha vida, que não ia com intenções de nada. Ao fim de algumas horas, de muita conversa e álcool, rolaram uns beijos, por iniciativa dele. Tudo para a seguir me dizer, que namorava à distância. Levei um murro no estômago. Depois disto, tenho muitas brancas. Ele disse que só me via como amiga e eu desmanchei-me a chorar. Sei que lhe perguntei "então porquê que me beijaste?", acho que ele não respondeu. Depois começamos a discutir. Discutimos, por nunca termos admitido nada, na altura em que sentimos coisas um pelo outro. Discutimos, por já ser tarde demais. Por termos posto em causa uma amizade tão fixe. E, no meio da choradeira de bêbada, só fiz cenas.

No dia seguinte, acordei com uma ressaca desgraçada, uma dor de cabeça, que deus me livre, e com um peso gigante no peito. Ensaiei possíveis msgs a mandar, acabei por não mandar nenhuma. Foi ele quem mandou msg, a perguntar como estava, eu respondi “Com uma vergonha tão grande, quanto a dor de cabeça com que acordei”. Depois de me dizer, que não tinha porque me sentir assim, propôs: “fingimos que não aconteceu?”.

Como é que me tornei nesta gaja? A gaja com quem os comprometidos traem as namoradas. A gaja com quem nunca ninguém quer nada sério. A gaja a quem acham graça, quando são chavalos, e com quem depois, em adultos, matam a curiosidade, sendo sacanões. Não sei o que há em mim que leva os gajos a achar, que estou super na boa com cenas casuais. Não estou. Nem quero. Longe vai o tempo da descoberta e das asneiras. Só quero gostar de alguém, que goste de mim. Por mim. E não pela ideia que tem de mim. Não quero satisfazer curiosidades e ser deixada na merda.

Fica a dúvida

Engracei com um amigo dos meus irmãos. Não que seja a primeira vez, mas desta vez é diferente. Quando era pequena, achava piada a toda a gente, agora a história é outra. Já o conheço de vista há muitos anos, embora não o visse há muito tempo. Andou com um dos meus irmãos no infantário e tocou, mais recente, com um outro irmão meu num projecto. Não sei se ele esteve, até agora, sem saber quem eu era. Faz sentido que assim seja. Não me conhecia, alguém lhe disse de quem era irmã e, a partir daí, passou a cumprimentar-me sempre, e com muita simpatia. Apesar de nos termos cruzado excessivamente esta semana que passou, num contexto específico, não sei se seria o suficente para, de repente, ser tão simpático. Bem, fica a dúvida.

Felicidades de queima

 

O melhor da queima é encontrar pessoal que já não vejo ao tempo. Álias, a queima permite-me, pelo menos uma vez por ano, reencontrar as pessoas com quem dantes passava os meus dias: os meus colegas de escola que, para todos os efeitos, partilharam 8 anos de vida comigo. E é sempre uma festa. Falam-me dos desgostos amorosos que estão a viver, perguntam se já pus gosto na página da equipa onde jogam e querem saber como vai a vida e quais são os planos para o futuro.

 

Reencontrei, ainda, um amigo, com quem há uns anos tive um filme. Quando tinhamos 12 anos, tivemos um namorico, daqueles mesmo de criança, onde se mandam muitas cartas e sms's e nunca se dá sequer um beijinho, ou um abraço. Acontece que a vontade, mas mais a curiosidade, durou até entrarmos na universidade e só foi desfeita, há precisamente 2 anos, nesta mesma semana. Atravessou a multidão, quando me viu, de sorriso rasgado. Queria saber como estava e como estavamos, se o filme tinha afectado de alguma maneira o modo como o via e como estava com ele. Nada disso. Se houve vez em que não houve drama nenhum, foi esta. Depois falamos da vida e soube bem. É tão bom estar bem com as pessoas, sem stresses desnecessários e melhor: é tão bom estarmos na mesma página.

 

Estas conversas, apesar de se terem desenrolado com álcool à mistura, fizeram-me sentir bem. Para alguém que, durante um ano, não tinha vida, suscitar interesse é bom. Fartei-me de receber elogios, fartaram-se de me perguntar o nome e eu sei que o álcool ajudou a que tudo isso tivesse lugar. Ainda assim, um elogio, quer se queira quer não, faz uma pessoa sentir-se bem. Claro que temos de ter o discernimento de os saber distinguir. A eles e às suas intenções.

 

Hoje, com toda a certeza, estou melhor que na semana passada, no mês passado e muito melhor do que há um ano atrás. Perdi os 8 quilos que ganhei, naquela fase estúpida da minha vida, deixei de roer as unhas, vício gigante que tinha, e estou mais confiante. 

Sorrir à vida

Numa das minhas aventuranças este verão, fiz um Amigo. Alguém que com meia dúzia de palavras me fez pensar diferente. Me deu vontade de ser e querer mais. Me fez adoptar outra postura perante a vida. Ele traz ao de cima o que de melhor há em mim. Dá-me esperança. E dá-me certeza de que este mundo está cheio de coisas maravilhosas que a qualquer momento podem ser descobertas. 

 

Longe de mim pensar  que uma mudança de ares, de lugar, me iria fazer tropeçar nele. E o melhor de tudo? Apesar de ser o verdadeiro arquétipo da perfeição, não o vejo de todo de uma perspectiva amorosa. É um Amigo, sim, com "A" grande. Um grande amigo. Um timido incurável, que se faz de forte, sendo o mais frágil, que simplica a vida, quando tudo parece complicar-se. E confio nele em toda a sua plenitude.

 

Apesar da diferença de idades ainda ser significativa, traz imensas vantagens. Percebe o que passo, porque também já o viveu. ´Vejo-o como um grande exemplo, no que toca à ambição, determinação e força de vontade, que o levaram a conquistar o sucesso profissional que tem hoje. Lê-me melhor do que ninguém, sem eu ter de recear a transparência. E dá-me força, tanta força, para enfrentar os obstáculos que sou obrigada a enfrentar no dia a dia. 

 

Um Amigo assim, faz-me sorrir à vida.

 

Desanimada, Revoltada, Irritada

Ando tão desanimada que é uma coisa impressionante. Depois de um fim de semana com os meus melhores amigos, perceber a quantidade de falsidades e coisas mesquinhas que existem entre nós, deixou me mesmo revoltada. Nem os posso ver à frente, tenho feito de tudo para os evitar.

 

Levei uma verdadeira chapada na minha consciência. Foi bom para perceber quem é realmente genuino, mas uma desilusão perceber o resto.


Não fizeram nada de errado comigo, directamente, nem me disserem coisas sobre mim que eu não queria ouvir, foram as acções deles, uns com os outros, que me tiraram do sério.



Optimus Alive 2013

Assim na pura da loucura estou a pensar ir ao Optimus Alive no dia 12. Encontrei um tipo que està a vender dois bilhetes a um preço bem razoàvel, deste modo e eu e um amigo meu íamos com uma amiga nossa a quem oferecemos o bilhete para este dia nos anos dela, visto que vão actuar os Green Day e ela os adora completamente. Mas ainda não sei, vamos ver...

Boas memórias

Ontem à noite, fomos todos para casa de um amigo nosso para supostamente vermos um filme. Conclusão, demoramos aí umas 2 horas a decidir que filme é que íamos ver. Vimos nem metade e por volta da meia noite fomos todos para a piscina lá da casa dele. A água estava espetacularmente boa. Melhor sensação de sempre!


A foto é original, fui eu que a tirei, mas claro, como era para pôr aqui escolhi a mais desfocada, até porque não posso estar a pôr aqui fotos que identifiquem claramente os meus amigos intervenientes, porque, primeiro precisava da autorização deles, segundo, porque nenhum deles sabe da existência do blog :)